terça-feira, 4 de junho de 2013

Baile funk não é cultura. É caso de polícia

Baile funk não é cultura. É caso de polícia





Os políticos brasileiros são mesmo um bando de desocupados. Além da roubalheira aos cofres públicos e escândalos quilométricos, ainda inventam maracutaias que desafiam o bom senso. A mais recente sujeira vem do Rio de Janeiro, com a aprovação, pela Assembléia Legislativa, de um questionável projeto transformando o abominável funk em "Patrimônio Cultural".A medida, simplesmente proporciona voz e vez ao banditismo diante da incompetência das autoridades cariocas. Baile funk e raves são casos de polícia e, como tal, deveriam ser rechaçados no ninho. Dificilmente eventos idênticos não terminam em pancadaria ou tiroteio, com mortos e feridos. Sem contar os elevados índices de orgia sexual, estupros, prostituição infantil e tráfico de drogas.Em nome da democracia e da livre manifestação de pensamento, os fora-da-lei tentam passar à opinião pública imagem de "cultura popular" do violento ritmo. Dezenas de cidades brasileiras não caíram na armadilha e escorraçaram definitivamente o indigesto funk, para alívio geral dos moradores.Por outro lado, os meios de comunicação populares - rádio e TV principalmente - se encarregam de espalhar o lixo sonoro de Norte a Sul. Música, nesse país descoberto pelo desocupado Cabral, só dos anos 1980 para baixo. O que tem surgido ultimamente - com raríssimas exceções - é um verdadeiro atentado sonoro. Nem Bin Laden com suas bombas letárgicas seria tão cruel. Para Zé Matuto das Gerais, exímio contador de causos e atento observador do cotidiano, baile funk foi inventado pelo "demônio" com o aval da "pomba-gira": "É perciso pregá fogu na disgrama do trem", recomenda.Mentes civilizadas não aceitam que a música brasileira - indiscutivelmente uma das melhores do mundo - seja fustigada por essa onda castigante. Triste Rio de Janeiro - no passado, referência cultural em suas mais diversas nuances - literatura, artes plásticas, belas melodias, antológicos carnavais etc e, agora, estabelece lei dando régua e compasso ao avesso do avesso. Sufocada política e economicamente, a ex- capital federal é um exemplo a não ser seguido. Só faltava essa: baile funk transformado em "patrimônio cultural". Não duvidem, pois, se a qualquer momento os botocudos funkeiros ocuparem lugar na Academia Brasileira de Letras ao lado de intelectos. Já imaginaram Catra do Borel, Lacraia, Tati Quebra Barraco e outros quadrúpedes ruminantes receberem o título de "imortais" por força do "conjunto da obra"? E, de quebra, uma menção "honrosa" para a esquelética eguinha pocotó? Garanto que se depender dos políticos e da Rede Globo, cadeiras e homenagem já estão garantidas. Ô Brasil retado sô!

www.cacarejadavirtual.blogspot.com

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